Latin American & Caribbean Aquaculture 2025

October 7 - 9, 2025

Puerto Varas, Chile

Add To Calendar 07/10/2025 12:00:0007/10/2025 12:20:00America/GogotaLatin American & Caribbean Aquaculture 2025INFLUÊNCIA DO HORMÔNIO FEMINIZANTE 17 ß-ESTRADIOL NA RAÇÃO DE JUVENIS DE TAINHA Mugil liza PARA A INVERSÃO SEXUALCalbucoThe World Aquaculture Societyjohnc@was.orgfalseDD/MM/YYYYanrl65yqlzh3g1q0dme13067

INFLUÊNCIA DO HORMÔNIO FEMINIZANTE 17 ß-ESTRADIOL NA RAÇÃO DE JUVENIS DE TAINHA Mugil liza PARA A INVERSÃO SEXUAL

Vanessa Martins da Rocha*; Gabriel Dutra Rodrigues; Ulysses da Silva Palma; Sérgio Leandro Araújo-Silva; Adriano Faria Palmieri; Everton Danilo dos Santos; Maria Eduarda Dequech; Caio Magnotti; Aline Brum; Vinicius Ronzani Cerqueira

 

*Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Laboratório de Piscicultura Marinha. Rua dos Coroas, 503 – Barra da Lagoa – CEP 88061-600 – Florianópolis – SC – Brasil. *vanessa.engenhariapesca@gmail.com



A tainha Mugil liza é uma espécie de grande interesse para a aquicultura e se destaca por sua produção de ovas, conhecida como Bottarga ou “caviar brasileiro”, o que torna a criação de populações monossexuais de fêmeas desejável. Para a produção de lotes monosexos femininos de forma direta, o estrogênio 17β-estradiol (E2) é um dos hormônios mais utilizados. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi produzir lotes monosexo femininos de tainha, através da adição do hormônio feminizante na dieta de juvenis selvagens e de cativeiro.

Unidades experimentais de 500 L foram povoadas com 10 peixes cada. Os animais cultivados (18,26 ± 1,70 cm e 68,46 ± 20,0 g) e os selvagens (20,63 ± 2,62 cm e 81,64 ± 26,09 g) foram alimentados com ração comercial de 1,3 mm, contendo doses de 0 (controle), 60 e 120 mg de estradiol por kg-1 de ração, em triplicata. A alimentação foi fornecida 4 vezes ao dia até a saciedade aparente, durante 120 dias. Ao final, foi realizada a biometria. Três indivíduos de cada tratamento foram eutanasiados em benzocaína (200 mg kg-1), e a gônada foi extraída mediante incisão ventral para análise histológica.

 

Os peixes do controle, independente da origem, apresentaram maior crescimento em relação aos tratamentos (Tabela 1). Para as doses de 60 e 120 mg de E2 por kg-1 de ração foi verificado 100% de fêmeas para ambos os lotes (selvagem e cultivo) (Figura 1). No entanto, as doses de 120 mg apresentaram menor crescimento e maior mortalidade (Tabela 1).

Este foi o primeiro trabalho a realizar a inversão sexual de Mugil liza com espécimes selvagens e de cultivo e obter 100% de feminização.

O uso da dose de 60 mg de E2 foi considerado a dose ideal para a inversão sexual.