O presente estudo teve como objetivo determinar a toxicidade aguda e os efeitos subletais do nitrito em juvenis de mirag aia. No Experimento 1, os peixes foram expostos a seis concentrações de nitrito (40, 80, 120, 160, 200 e 240 mg NO2-N/L) para determinação da CL50-96h do nitrito. O experimento 2 os peixes foram as concentrações subletais de nitrito de 5, 10, 20 e 40 mg NO2-N/L também durante 96h . Ao final do período experimental foram coletadas amostras de sangue para determinação do hematócrito e glicose, brânquias para as avaliações histopatológicas, e brânquia e fígado para as análises de estresse oxidativo .
Não fo ram observadas mortalidades até a concentração de 40 mg NO2-N/L ao longo das 96h, e o s valores estimados para a CL50 variaram entre 105,06 e 74,45 mg NO2-N/L para 24 e 96 h . No experimento 2, os valores de hemat ócrito foram significativamente menores nos peixes expostos a 40 mg NO2-N/L quando comparados aos dos tratamentos controle, 5 e 10 mg NO2-N/L. Os níveis de TBARS nas brân quias foram menores em todos os tratamentos quando comparados aos outros tratamentos. No fíga do, a ACAP foi menor nos peixes expostos a 40 mg NO2-N/L, com diferenças significativas em r elação aos demais tratamentos. A exposição ao nitrito também induz iu um aumento na frequência das lamelas brânquias secundárias afetadas por hiperplasia em t odas as concentrações testadas, além de uma redução significativa na de lamelas normais nos peixes exposto s a 40 mg NO2-N/L. Como conclusão, a CL50 varia entre 105,06 e 74,45 mg NO2-N/L para 24 e 96 h. Exposições a partir de 5 mg NO2-N/L, já evidenciaram alterações no status oxidativo e na histologia branquial. Essas c oncentrações devem ser evitadas nos sistemas de produção de miragaia.