O intuito deste trabalho foi avaliar e comparar entre os sistemas aquapônicos permanentemente acoplado ou o acoplado sob-demanda qual a melhor opção técnico-biológica e ambiental para a produção integrada de tambaqui e alface. Foi realizado um experimento de 30 dias em que foram estabelecidos dois tratamentos aquapônicos, permanentemente acoplado (PA) e acoplado sob demanda (ASD), e dois controles, sendo um de recirculação aquícola (RAS) e outro de hidroponia (CH), com cinco réplicas de cada tratamento. Inicialmente, 13 peixes com peso aproximado de 105 g, e 24 alfaces foram introduzidos em cada réplica e, ao final do experimento, foram realizadas biometrias para medir a produção e produtividade dos peixes e plantas e os índices de desempenho zootécnico de conversão alimentar aparente (CAA) e taxa de crescimento específico (TCE) foram calculados para os tambaquis. Foram registrados a quantidade de insumos, água e energia consumidos em cada tratamento. Com os dados produtivos e de consumo energético e de água foram obtidas a eficiência de uso da água e a eficiência de uso de energia elétrica para cada tratamento. A partir dos insumos consumidos em cada tratamento foram calculados os custos de produção e obtido o aporte percentual nos custos de cada insumo nos dois tratamentos. O peso final dos peixes foi maior no tratamento PA em comparação ao tratamento ASD, porém ambos foram similares ao controle RAS. A CAA e TCE foram melhores para PA que para ASD, mas ambos similares ao controle. Para a produção de alface, a produtividade do controle CH e ASD foram similares, enquanto foi menor no tratamento PA. A eficiência de uso de água foi similar para ambos os tratamentos e a eficiência de uso de energia foi melhor para ASD que para PA . Os custos foram maiores no tratamento PA que no tratamento ASD, sendo a energia o insumo que mais contribuiu para os custos no tratamento PA e o segundo no tratamento ASD. Portanto, para a produção de tambaqui e alface, o sistema acoplado sob-demanda é uma melhor opção de agricultura climaticamente inteligente, dentro do nexo água-alimentos-energia e poderia ser economicamente mais sustentável que o sistema permanentemente acoplado.
1 Apoio Financeiro: FAPESP (2017/ 50431-9; 2018/23658-5; 2018/23605-9) e CNPq (307389/2021-9 ).